Hoje o texto promete ser curto. Vamos falar sobre a recém-reformada
Praça Siqueira Campos, localizada na frente da Igreja Matriz Nossa Senhora do
Patrocínio, no centro de Jaú. Sim, aquela que levou quase dois anos para ser reformada, que gerou
o caos no trânsito na área central da cidade e que foi um dos estopins da gestão
do ex-prefeito Osvaldo Franceschi Júnior (PV), que não conseguiu nem participar
da reinauguração porque a obra foi entregue durante a fatídica corrida
eleitoral de 2012.
Duas coisas para tentar sintetizar o problema. A primeira
é que além do tempo e dos transtornos para entregar a obra, a reforma na praça
(que por sinal ficou muito bonita) custou aproximadamente R$2 milhões. Segundo
publicação no site JauNews (01/07/2011), na ocasião o Departamento de
Comunicação da Prefeitura informou a imprensa que o custo da obra era de R$ 774.948,99,
mas de acordo com apuração do jornalista José Henrique Teixeira os valores
chegam a quase R$2 milhões, sendo R$ 975 mil do Ministério do Turismo e uma
contrapartida de R$ 1.005.000,00 da própria Prefeitura.
Citei os valores para poder dar fundamento ao meu
questionamento. Afinal de contas a praça foi entregue a menos de um ano e já
tem os primeiros sinais de abandono. Me lembro nos últimos dias de 2012, quando
eu passei pela praça pela primeira vez para checar a obra, logo após o Natal,
vi funcionários da Prefeitura mexendo na caixa de eletricidade. Depois deste
dia vi por várias vezes nos jornais locais, as reclamações sobre falhas no
funcionamento da fonte. Pois bem, parece que aquilo passou a fazer sentido
agora.
No final de semana passado eu tive que passar pela praça
novamente e me deparei com cena que vocês estão vendo na foto. A fonte com as
bombas desligadas e cheia lodo e lixo. Duas coisas estão obvias: uma é fonte
está quebrada e a outra é que não há mais limpeza ou um vigia para evitar a
degradação do local. Trocando em miúdos o local está abandonado. Quase R$2
milhões investidos, quase dois anos de demora e agora um dos cartões postais de
Jaú está assim. É hora de valorizar o dinheiro público, já que foi investido em
demasia em uma obra como essa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário