Até o momento são 5 mortes em 3 dias, um saldo um tanto quanto triste nas rodovias da região. Não há dor pior do que a de ver alguém que estava entre os seus ainda pouco nos deixar por conta de uma falha, uma imprudência ou uma desatenção. É assim em qualquer rodovia do Brasil, seja duplicada ou pista simples, seja com caminhões ou motocicletas, a dor é sempre inaceitável, intangível e inexplicável.
Foto: Aline Furlanetto/ Comércio do Jahu |
Quando se compra o veículo, se tem a falsa impressão de que devemos apenas pagar por ele e mantê-lo funcionando com gasolina e óleo, e de vez em quando dar um calibrada nos pneus. Não se tem a plena consciência de que dentro destas caixas metálicas com rodas há vidas, há histórias, há sonhos e objetivos. Carro/moto não são apenas um carnê que sai da gaveta todo começo de mês (na maioria dos casos). O trânsito se torna cada vez mais um exterminador de seres humanos a medida em que carros deixam de ser uma opção e passam a ser uma necessidade. Será que carro é uma necessidade mesmo?
Uma reflexão que faço sempre é, as rodovias sempre estiveram aí, sempre foram estas. Não é a rodovia que é da morte, são os motoristas que são humanos e, portanto, falhos. Ainda enquanto nós tiramos a própria vida, despedaçamos somente o coração de nossos familiares e amigos. O pior é quando tiramos outras vidas e multiplicamos o número de corações despedaçados. Vidas perdidas porque ir de carro é mais rápido, mais prático, porque carro/moto é uma necessidade. Será que em todos os casos é mesmo uma necessidade? As estradas são as mesmas, a medida em que as garagens, ruas e rodovias tem cada vez mais carros, mais armas carregadas e prontas para tirar a vida de alguém.
Uma dica fica, se você vai precisar usar a SP-255 nos próximos dias:
Salve a sua e outras vidas...
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